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Reinventando o Relacionar

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Reclaim your Wild Feminine Essence. 

Reinventando o Relacionar

DanzaMedicina

Muitas de nós herdamos um fardo pesado como mulheres- nos ensinaram que a felicidade genuína só poderia nascer do amor romântico e que sem ele, o sentimento de incompletude estaria sempre nos perseguindo- sempre correndo atrás de nós até que nos entregássemos às limitações de uma relação a meios termos.

Em um certo momento comecei a perceber, que em meus sonhos mais íntimos de relacionamento, o que mais me chamava era a força das sensações que aquelas imagens causavam... paixão, tesão, acolhimento, segurança, senso de pertencimento. Em um certo momento, me dei conta de que eu poderia simplesmente mudar a cara, o cheiro, o corpo, o jeito, daquele com quem sonhava.. e o contexto permanecia o mesmo. Percebi que mais me importava a visão sobre mim mesma do que o sujeito.

Assim segui caminhando em sonhos juvenis, em amores efêmeros que se esvaiam a cada tropeço- eles só duravam até o tempo de serem irreais. Uma repetição infinita de padrões, até o dia do ponto final.

Desde este dia, passei a escrever uma história diferente.

Comecei a rasgar as minha lembranças das princesas encantadas, desgostei profundamente dos cavalos brancos, passei a acessar o enorme rancor que sinto de todos os meu ex companheiros por terem pisado nos meus óculos cor de rosa. Chorei de solidão, culpei o destino por minhas frustrações, odiei os casais amorosos, inclusive os hipócritas, e gozei sozinha, só pra variar.

Desde então tenho sido humilde desde este lugar de quem não sabe. Eu não sei.

Algumas coisas sei:

Já fui abusada, violentada, agredida, já fui castrada e já fui profundamente amada (em suas deturpadas noções de amor) por todos estes homens que me feriram... o mesmo enxergo à minha volta, o mesmo rastro também já deixei. 

Já fiz discursos sobre a importância do relacionamento como forma de crescimento e evolução e já passei pelo espaço da guerreira que está completa e inteira em si, e hoje visito estes lugares gangorreando em poucos instantes de certeza voláteis, como um jogo de bipolaridade entre solidão e solitude... cada vez mais solitude e menos solidão- às vezes por sabedoria, às vezes por anestesia ao sentir.  

Minha mente busca compreender mas em minha pouca idade me cabe viver. Ir vivendo até que se desvele. Acolhendo a vergonha, a culpa na não resolução, a raiva pelo sentimento de fracasso, o orgulho por não ter desistido de investigar mais profundo enquanto todos ao meu redor se nutrem de mentiras cotidianas e doses homeopáticas ou cavalares de ignorância, para evitarem sair da zona de conforto.

Estou farta dos velhos padrões morais e sociais que nos aprisionam nas amarras sombrias de um inconsciente coletivo que nada tem a ver com o nosso mais alto potencial! Estou disposta a reinventar a mim mesma de uma nova forma, a criar novos modos de relacionar, de amar, de fazer amor, de ser em família enquanto mulher. Estou disposta a descobrir uma receita que seja quase infalível àqueles de intenção clara e bom coração- porque a cura de uma é a cura de todas.

Enquanto isso, acolho a pequena sonhadora menina, que em muito ainda dita meus passos tortos enquanto a mulher não está suficientemente curada, madura e/ou forte para dar o passo em direção ao outro.

Enquanto isso, zelo pelas minhas feridas para que se cicatrizem, para que não doam tanto em próximo contato. Enquanto isso, assisto a mim mesma me tornando quem sou, me apaixonando por minhas pequenas confusões, tropeços e grandes saltos; assim como é, assim como foi... assim como pode ser! Honrando a beleza e humanidade que emergem ao me assumir assim, em processo de tornar-me. 

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Morena Cardoso é facilitadora e visionária da DanzaMedicina. Uma mulher que carrega em suas veias a medicina agridoce de uma artista Latinoamericana que inspira rupturas nas estruturas vigentes e hegemônicas desde o corpo-mulher, em uma fina tecedura entre os saberes ancestrais e o feminino na contemporaneidade. Terapeuta corporal, escritora, ativista, peregrina e heroína de sua própria jornada, Morena caminhou por mais de uma década em busca de conhecimentos tradicionais, sítios sagrados e povos originários ao redor do mundo;  incorporando diferentes modos de se relacionar com o universo psíquico, a natureza, o corpo, e o Ser-Mulher.  Este processo de desconstrução e criação de novas subjetividades resultou no que hoje Morena apresenta como a DanzaMedicina: uma prática experimental de dança e movimento que visita uma dezena de países ao redor do mundo em forma de workshops, retiros e conferências.