Sign up for free and experience this journey

Inscreva-se e acesse a experiência sonora

Esta peça sonora desnaturaliza, denuncia, lambe feridas e convoca gestos feiticeiros onde o clínico-político, o ético e o estético se encontram. Defende a regeneração de um território-corpo (po)ético e erótico, capaz de alquimizar diálogos osmóticos entre si mesma, a ancestralidade e a biosfera feminina coletiva e latente.

Afinal, quem se beneficia da raiva, dos praguejos, das conjurações, dos orgasmos, das lágrimas e dos gritos das mulheres — em todas as suas visceralidades — permanecendo exilados às margens, confinados entre quatro paredes, quando não performados, cooptados ou colocados a serviço das estruturas de poder dominantes?

Reivindicar o corpo criador e desejante exige mais do que uma clínica que negocie com as forças conservadoras. Exige ruptura: loucura, caos, ridículo, fúria, onírico - capaz de romper o feitiço da anestesia, exaustão, disciplina e domesticação.

Quando uma mulher declara a sua verdade como um ato radical, um sistema inteiro se dignifica, ressoa e se move — com ela.