Interesse O TEMPO DA CORPA É TERRA
O TEMPO DA CORPA: novo curso de Morena Cardoso
SOBRE O CURSO
É o único trabalho online da DanzaMedicina. Um grupo de estudos em sete encontros que combinam fundamentos conceituais e práticas corporais, numa proposta de investigação sobre os mecanismos históricos de sujeição da corpa feminina sob a lógica capitalista:
A violência e opressão, a desmagificação e objetificação das mulheres são históricas e sistemáticas. Os movimentos de resistência - entre mulheres, para mulheres e por mulheres - também o são. Sentar em círculo, lamber as feridas, dançar as dores e conquistas, sempre foi, e continua sendo, um gesto radical na manutenção das memórias e saberes que sustentam e regeneram a vida que quer mais vida.
Sentar em círculo, lamber as feridas, dançar as dores e conquistas, sempre foi, e continua sendo, um gesto radical na manutenção das memórias e saberes que sustentam e regeneram a vida que quer mais vida.
O TEMPO DA CORPA vem defender esse território (po)ético criando um grupo de estudos que convoque mulheres a se politizarem e refletirem criticamente sobre suas práticas clínicas e espirituais de autoconhecimento.
CONHEÇA OS CICLOS
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CONHEÇA OS CICLOS ———
DESCOLONIZE SEU ALTAR
INTRODUÇÃO ————————————————————————————
Neste primeiro encontro iremos nos localizar, situar nossos discursos e alinhar nossas propostas de trabalho investigativo. Uma aula que tensiona a branquitude e o feminismo neoliberal - nutrindo uma perspectiva decolonial, anticapitalista, antirracista e interseccional das corpas.
AULA 1 — DESCOLONIZE SEU ALTAR
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Iremos criar terreno à uma base crítica para quem deseja alinhar sua prática clínica de auto (des)conhecimento a uma visão mais ética, que valoriza a diversidade de vozes, saberes e experiências. Um convite a fortalecer as tramas entre o pessoal e o transpessoal no tecido da cura - considerando e nomeando os devidos marcadores sociais de classe e raça transbordando da corpa-própria em suas marcas, vazando pelos poros e frestas, escoando em diálogos osmóticos e epidérmicos com as corpas de tantas mulheres deixadas pelo caminho.
O FIO VERMELHO DA ANCESTRALIDADE
corpas, mulheres e capitalismos
CICLO 1 ————————————————————————————
Faremos uma análise crítica e histórica das relações entre o capitalismo e as corpas femininas, destacando como as estratégias de sujeição e modulação das mulheres evoluíram ao longo das distintas fases desse sistema. Em cada etapa, articulam-se diferentes formas de controle — da violência explícita às mais sutis de subjetivação — todas intrinsecamente ligadas à reprodução de relações de poder.
AULA 2 — O CAPITALISMO EMBRIONÁRIO E A VIOLAÇÃO DA CORPA-AFETO
AULA 3 — A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E A DISCIPLINARIZAÇÃO DA CORPA-MÁQUINA
AULA 4 — O NEOLIBERALISMO E O ANESTESIAMENTO DAS CORPAS EXAUSTAS
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Ao compreender a história das corpas no capitalismo, conseguimos mapear as origens das opressões que moldam nossas vidas hoje. Saber de onde viemos nos permite desatar os nós que mantêm nossos corpos e identidades presos a narrativas de submissão e controle. É um processo fundamental para diagnosticar os traumas femininos, os que herdamos ao longo das gerações e que internalizamos como nossos.
A "história mal-dita", aquela contada a partir do ponto de vista do poder, precisa ser revisitada e contestada. Só assim poderemos criar uma narrativa que nos permita imaginar novos modos de viver, ser e resistir, longe da lógica de sujeição que o capitalismo nos impõe.
A escolha dos pontos evidenciados na cont(r)ação dessa história parte da escuta e constatação dos pontos nodais mais comuns entre os praguejos, lamentos, dores e tendências das mulheres - respeitados seus devidos marcadores -, reconhecendo as memórias que invadem seus sonhos, seus medos, suas escolhas, relações e desejos.
A [PO]ÉTICA DO GESTO QUE GESTA
CICLO 2 ————————————————————————————
Como criar uma prática terapêutica que rompa com os modos de produção de desejo e inconsciente, regenerando e insurgindo as corpas femininas diante das enfermidades dos tempos? Como remagificar a vida como ato de desobediência a um sistema que nos quer adoecidas e exauridas? Encorajar gestos feiticeiros — toda linguagem possível — que rompam com os padrões psicoemocionais e corporais automatizados e introjetados pelo sistema-mundo.
AULA 5 — MICROPOLÍTICA ATIVA E O INCONSCIENTE PATRIARCAL-COLONIAL-CAPITALÍSTICO
AULA 6 — PRÁTICAS DE DESOBEDIÊNCIA COREOGRÁFICA:
O EROTICISMO, A REMAGIFICAÇÃO, O ATERRAMENTO E A RECUSA DO GESTO
AULA 7 — CORPO-TERRITÓRIO, FEMINISTAS INTUITIVAS DE ABYA YALA E AS EPISTEMOLOGIAS DO SUL GLOBAL
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Iremos conjurar o retorno à corpa danzante, para que possamos seguir rumo a uma vital existência corpórea: na qual as feridas tornam-se frestas de travessia; as cicatrizes, a pele mais forte; os ligamentos rompidos, a possibilidade de dobras contra toda inflexibilidade das forças de conservação. Uma dança que seja capaz de nos despir do verniz civilizatório e pasteurizado, verniz esse que encobre e asfixia as corpas das mulheres nestes cinco séculos de sujeição desde a fundação desse regime. Des/re/estruturar e des/re/organizar para que haja a possibilidade de percorrer inusuais caminhos somáticos, neurais e existenciais.
CONHEÇA A AUTORA
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CONHEÇA A AUTORA ———
MORENA CARDOSO
Morena Cardoso é terapeuta somática, mestre em psicologia clínica pelo Núcleo de Estudos da Subjetividade PUC-SP, e tem como principal território de investigação, atuação e poética as corpas femininas: desde os centro dos ossos, a caverna escura do útero e a pele por debaixo da pele.
Mãe de seis (dois nascidos), Morena é autora dos livros Manifesto Crisálida e A Menina que Virou Lua, e criadora do método DanzaMedicina, que integra dança, literatura, clínica e feminismos. Sua metodologia já percorreu dezenas de países, impactando mais de 5 mil mulheres ao redor do mundo.
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